segunda-feira, 6 de julho de 2009

Amar o Brasil não é obrigação



O principal fascínio que os moradores do São Francisco passam para o estrangeiro, o visitante é exatamente a diversidade. É impossível realmente conhecer o rio sem visitar e conviver com comunidades distintas.

O São Francisco de Minas Gerais não se encontra na Bahia ou em Alagoas. Assim como o São Francisco de Sergipe não pode ser visto em Pernambuco.

Estas diferenças se mostram de distintas formas: no folclore, na fala, nos ritos, nas lendas, na culinária, nas crenças, na poesia, na música. Enfim, conviver com os moradores do São Francisco é um excelente modo dos brasileiros conhecerem a tal “diversidade” com que todos gostam de rotular o Brasil.

Amar o nosso país passa pelo sentimental, o que impede de ser obrigação. Porém, conhecer e conviver com os vários “Brasis” é obrigatório seja para amá-lo, odiá-lo ou até mesmo para por ele sentir indiferença.

Em seu livro Ribeira do São Francisco, M. Cavalcanti Proença relata suas experiências ao longo de uma viagem pelas águas do Velho Chico. Ao cruzar o Estado de Minas Gerais e adentrar as águas do São Francisco na Bahia, o escritor, de forma simples e magnífica, testemunha a tal “diversidade do Brasil”:

“...os pobres de sempre, mas agora notamos que já aparecem os cantores, assinalando a entrada nas terras de influência nordestina.”

Foto de João Ricardo Spagnollo: rio São Francisco em Carinhanha/BA

Um comentário:

  1. João Ricardo Spagnollo, suas fotos são incíveis, adorei.
    Parabéns
    Sônia Lucena

    ResponderExcluir

-----------------------------